. Destino
Depois de algum tempo sem escrever, você já não consegue escrever tão facilmente, é a mesma coisa no skate, no basquete, na cachaça, etc. Mas, todos sabemos disso, então, por quê parar?
Se oque você faz da vida é tão bom, então, por quê decide parar de praticar?
Você pode até gostar de andar de skate, mas uma hora você vai cansar, suas pernas vão doer e provavelmente se não for reclamar, vai lamentar. E a questão agora é, realmente valeu a pena ter andado tanto?
Aonde chegou é realmente onde queria chegar?
Provavelmente não, pois se fosse, não estaria reclamando.
Meu avô por parte de mãe, "Belmiro Pedro", é cego já faz alguns anos, e um dia desses quando estávamos na casa de seu irmão mais novo "Aprigio", que também acabou perdendo a visão nos últimos tempos. Meu tio, ele não não parece estar aceitando a cegueira, então o ouvi reclamar para meu avô sobre. Com um segurando a mão do outro, ouvi meu avô dizer:
- A questão, não é não poder enxergar, mas se estivesse enxergando, será que você estaria vendo as coisas certas? Estaria usando seus olhos para coisas boas, ou coisa ruins?
Naquele sofá, meu tio concordou quase chorando, admirei muito as palavras de meu avô. E aquela cena, respondeu para mim, a questão dessa prosa.
. Minha coleção de garrafas
É incrível como os anos vão passando e eu ainda não acertei tantas manobras que queria acertar no skate, mas é claro que com o tempo muitas outras coisas eu fui fazendo e um pouco se distanciando do skate. É normal, creio.
A vida lhe oferece inúmeras oportunidades de fazer oque quiser, mesmo que fique parado esperando, se colocar duas peças de quebra-cabeças separadas em um quarto vazio, não importa o tempo, pode ser mil ou milhares de anos, o tempo vai juntar essas peças(devo ter visto essa frase em algum documentário idiota do History).
Enfim, penso em terminar minha coleção de garrafas, mas, acho que nunca isso vai acontecer, pois, sempre vou achar uma a mais para colocar na coleção. É a mesma coisa na vida em si.
Posso andar de skate, mas sempre aparecerão outras coisas para mim fazer, ou outras manobras para mim aprender, nunca vai acabar, por isso é incrível como os anos vão passando, e, eu ainda não acertei tantas manobras que queria acertar no skate.
Ambas escritas em 2015.
Fotografia do autor. Votorantim, 2023.
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